terça-feira, 6 de julho de 2010

A imprensa e o seu dedo acusador

Parte da imprensa brasileira insiste em querer ocupar o papel da policia, principalmente em casos de grande repercussão.
Muitos dos meus “colegas” de profissão entram numa busca incessante por novas provas e muitas vezes acabam interferindo nas investigações policias.
Assim está sendo no caso do goleiro do Flamengo,Bruno, principal suspeito na morte da namorada, pode ser observado no assassinato da advogada Mércia Nakashima e foi em tantos outros. Cabe a policia investigar esses casos e dar resposta a sociedade e a imprensa informar.
O que acontece é que mesmo quando informam que “tal pessoa” é o principal suspeito (a), a forma como é conduzida a matéria ou o comentário do apresentador, o dedo acusador aparece sem que a policia tenha dado um ponto final na investigação. 
E ai meu caro até que saia a resposta da policia, o suspeito já foi acusado pela imprensa e por consequência pela sociedade.
A responsabilidade do jornalista é enorme pela influência que a profissão exerce sobre a sociedade e com isso exige muito cuidado no que é dito e escrito. Não é a toa que o jornalismo é chamado de  4º poder.
Mas o que vemos é uma corrida para ver quem dá a notícia primeiro, e a ética profissional com isso vai para o espaço.
Até que ponto é querer informar, e até que ponto é corrida por primeiro lugar em audiência? 
Isso eu não posso responder. Mas o que sei, é que alguns jornalistas se acham donos da verdade e não sabem onde acabam os limites da sua profissão.

6 comentários:

  1. Olá!

    Eu acho que o papel da imprensa é investigar se a informação é verdadeira e divulgar como tal. Se não tiver certeza não deve acusar sem provas.

    Abraços

    Francisco Castro

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  2. Abusos existem, mas o benefício da imprensa é muito maior, imensamente maior, que os malefícios.
    O que precisa diferenciar, o que não o fez em sua postagem, é o jornalismo investigativo, importante para a sociedade, do tablóide e "paparazis", onde ética fica na lata do lixo no canto da redação.
    Duvidar do que vê e ouve é importante, mas não se pode achar que tudo é factóide e briga por vendagens. Acredite ou não, existem profissionais do jornalismo. E bons profissionais!!!

    Um forte abraço!

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  3. Anônimo00:02

    Sérgio,
    Infelizmente a imprensa, muitas vezes, acaba atrapalhando os trabalhos policiais e muitos jornalistas exigem tratamento "vip".
    São esses que, buscando apenas sensacionalismo barato, acabam colocando na cruz um inocente.
    O caso da Escola Base, ocorrido em 1994, é uma prova disso.
    Os donos jamais conseguiram se reerguer, mesmo tendo o inquérito sido arquivado por falta de provas.
    Abraços!
    Felipe

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  4. Ernesto17:08

    O caso do goleiro chama atenção por ser uma pessoa muito conhecida. Mas quantos anônimos têm suas vidas destruídas, ou no mínimo seriamente abaladas? A ansiedade pela divulgação de uma notícia não pode se sobrepor à responsabilidade pelo que se publica e por suas consequências.

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  5. A imprensa brasileira tem faltado com a ética no caso do goleiro Bruno. A divulgaçao do vídeo do goleiro Bruno no "Fantástico" foi considerado normal por muitos, mas foi algo que pode colocar toda uma investigaçao em questionamento. A Polícia Civil de MG se tornou uma fogueira de vaidades para ver quem aparece mais na imprensa.

    A imprensa já condenou o goleiro sem mesmo que a polícia tenha terminado o inquérito e que a defesa tenha tido acesso ao próprio.

    Os próprios meios de comunicaçoes deveriam criar entre si um comitê para criar regras e controle. A falta de um cuidado maior risca de transformar a imprensa, principalmente a "Global", em um tablóide desacreditado por todos.

    Fabiano

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  6. Anônimo12:49

    ola meu nome e brayan tenho um processo contra a prefeitura e gostaria de denuciar -lo perante a todos. acho que isso pode surjar a imagem que ela tem diante da sociedade.

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